Sexta-feira, 27 de Junho de 2008

[70] Retomando...

Abro o meu blog e dou-me conta de que há uma semana que não escrevo aqui.

É verdade que foi uma semana muito cheia (quem quiser ter um ideia pode ir ver a minha última resposta a um comentário de uma "amiga"no post anterior a este) e, de resto, muito cheia de computador. Só que com mails e não posts. Computador que me deu muitas chatices. Nem me atrevo a dizer os nomes que lhe chamei...

 

Mas houve um outro motivo para não escrever. É que estava expectante, a ver que reacções tinha ao que aqui escrevi sobre a transdisciplinaridade e à minha criação de uma comunidade com esse nome no programa ORKUT. Ora as respostas, aqui como lá, foram várias, mas a maior parte afinadas pelo mesmo diapasão : muito interessante, mas agora não tenho tempo, vou pensar e depois digo alguma coisa, etc., etc..Portanto neste momento o grupo confirmado é mínimo (nem justifica chamar-lhe comunidade).

Decididamente escolho mal os sítios para as minhas iniciativas. Provavelmente farei o que já fiz quanto à "cultura combinatória" (desisti de falar mais dela aqui e, no caso vertente, vou escrever um longo artigo para uma revista da especialidade.) Mas perco, com isso, aquilo que pretendia e que era ter um espaço de discussão viva de ideias, dinâmico e participado.

Na questão  da transdisciplinaridade isso custa-me particularmente porque o quadro conceptual presta-se especialmente ao tratamento muito abrangente dos mais variados assuntos, nos mais variados campos, como decorre da Carta da Arrábida (que nem sei se alguém terá tido a curiosidade de ir "espreitar"...).

Para já, já quebrei o hábito do post quase quotidiano. Assim como a consulta compulsiva dos posts alheios. Não se estranhe, pois, a minha relativa ausência da blogosfera nacional. Neste momento -- e salvo reviravolta inesperada da situação -- vou andar mais por outras bandas . (Ah, já me esquecia : criei um blog em França. Talvez por aí consiga o que não obtenho cá.)

 

Saudações blogueiras e até mais ver.

 

 

 

publicado por Transdisciplinar às 23:20
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Quinta-feira, 12 de Junho de 2008

[57] O protesto

 

        Estou preocupadíssimo com a situação do país. E estou indignado com muitas coisas. O protesto dos camionistas ( que me recuso a designar por greve) e as respectivas consequências nos mais variados planos da vida nacional, são de tal ordem que náo se compreende como é que o Governo se tem limitado às medidas que tem tomado e que são largamente insuficientes. Porque se chegou ao ponto de se poder falar de ruptura social. Ruptura porquê ? Porque mecanismos básicos da vida em sociedade estão postos em causa e impedem o normal funcionamento dessa mesma vida. São todos os cidadãos que , de uma ou outra forma, são atingidos pelo que se passa.

       Outros sectores sociais passam pelas mesmas dificuldades que os transportadores. Mas não dispõem como estes da capacidade de provocar a paralisação nos mais variados campos da vida social. Estes descobriram que a têm. E usam-na. Como meio de pressão. Mas com que direito ? Sempre me irritou um pouco a maneira como, à tort et à travers, se fala de Estado de direito. Mas esta é uma boa altura para lembrar a noção. E para lembrar os mais elementares direitos dos cidadãos em geral.  E para perguntar ao Governo o que tem feito nos últimos dias para assegurar "o regular funcionamento das instituições". Será que as instituições são só o aparelho do Estado ? E, mesmo este, não está posto em causa, pelo menos nas instituições a quem cumpre velar pela segurança das populações, que não se limita a não sermos assaltados na rua ? E, já que estamos nesta onda, o que nos diz o P.R. ?

       Reconheço que há grandes dificuldades. A começar pela falta de interlocutores institucionalizados e que possam ser responsabilizados pelo eventual incumprimento dos acordos a que se chegar. Por outro lado, imagino, o Governo não quer dar uma imagem de autoritarismo. Mas é aceitável que se pactue com o impedimento de liberdades, como a de circulação (ou de trabalho, para os trabalhadores que não querem aderir à paralisação -- por muito desagradável que seja a imagem dos "fura-greves") ? A verdade é que o Governo não tem sabido fazer uma boa gestão da crise.

       E as oposições -- por onde é que têm andado ? Estão à espera de quê ? Quando é que tomam posição ? Ou esfregam as mãos de contentes por o Governo se ver em apuros ?

       Estou a escrever de noite e ainda nem sei quais foram os resultados do meeting da Batalha. Talvez as coisas se tenham, de alguma forma, resolvido. Talvez a espiral de conflitualidade tenha abrandado. Esperemos que sim.

       Mas eu (que até tinha outras coisas para escrever) não fui capaz de ficar mais tempo calado sobre este assunto. Embora me não seja muito fácil pronunciar-me sobre ele, porque se configura de tal forma que é dificilmente encaixável nas categorias usuais das Ciências Políticas ou da Sociologia do Trabalho.

       Agora que já desabafei, calo-me e fico, atentamente, à espera.

publicado por Transdisciplinar às 08:40
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Sexta-feira, 6 de Junho de 2008

[53] "Radicalismo reciclado"

Seguindo a sugestão e o exemplo de Sofia Loureiro dos Santos (de quem também copio o título do post), fui fazer o teste do political compass. Aqui ficam os resultados e o link.  As interpretações, deixo-as ao cuidado de quem as quiser fazer... (Já agora, também copio as tags que a Sofia costuma usar.)

 

                                                 

publicado por Transdisciplinar às 20:21
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