Sexta-feira, 20 de Junho de 2008

[69] Ainda a transdisciplinaridade

       Se calhar, não deveria ter distraído o meu "público" com devaneios «P'ra variar». Porque  o que eu agora espero são respostas ao meu post [ 66 ] (e os aparentados), mesmo que elas sejam um não. Disso depende o que faço à comunidade que criei no Orkut -- por exemplo extingui-la, se o número de participantes não justificar a sua existência.

       O tipo de assuntos que cabem no âmbito de um grupo que se reclama deste tema é muito diversificado. Por isso mesmo, a partir da adopção da Carta da Arrábida, passei a usar a expressão "transdisciplinatidade alargada", para a distinguir das formas mais restritas da mesma, que continuam a ter o seu lugar na prática corrente de muitas abordagens (incluindo as minhas), mas que não devem fazer esquecer o carácter holístico desta "nova" concepção do saber -- melhor seria dizer : da sabedoria.

       Porque é disso que se trata.

       Cá fico à espera de mais reacções.

 

Adenda : por causa da reacção de um sobrinho meu, que estranhou nem saber que eu tinha um blog, fiz, por mails, alguma divulgação do mesmo. E já comecei a receber respostas encorajadoras...

publicado por Transdisciplinar às 15:39
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Quarta-feira, 18 de Junho de 2008

[66] Transdisciplinaridade

       Depois de navegar, nos últimos dias, pela Net, acabei por criar hoje uma "comunidade" no ORKUT do GOOGLE. Chamei-lhe "transdisciplinaridade" e destina-se a reunir pessoas interessadas em aprofundar o estudo e a divulgação deste tema.

       Trata-se, agora, de encontrar essas mesmas pessoas. E o primeiro passo que dou nesse sentido é justamente a publicação deste post.

       Para ser membro da comunidade não são requeridas qualificações académicas formais. Espera-se, sim, a adesão ao conteúdo da Carta da Arrábida (Carta Mumdial da Transdisciplinaridade), sem que  seja necessário ser dela signatário.

       Conhecê-la é simples. Correndo o risco de me repetir, indico que ela é muito fácil de encontrar na Net (e quem preferir pode recorrer ao link directo que encontra na lists de links do meu próprio blog).

       Depois os passos são também simples :

-- Aceder ao GOOGLE ;

-- Abrir uma "conta do Google" (é muito fácil e grátis) ;

-- Procurar o ORKUT :

-- No Orkut procurar Comunidades ;

-- Aí, procurar "Transdisciplinaridade",onde vê o que lá se diz.

       E pronto. Depois é com cada um.  Se estiver interessado, adere. Se não estiver, não adere.

       Pelo que me toca vou fazer alguns contactos (não muitos, não quero que possam acusar-me de fazer pressões ou de proselitismo). E ficarei à espera dos resultados deste post. Prefiro que sejam as pessoas a vir ter comigo.

       Depois, em função do que acontecer, decidir-se-á que passos dar. Manter só contactos virtuais ? Promover reuniões pessoais ? Ficar pela troca de publicações ? Criar um blog colectivo ? Preparar a participações em encontros promovidos por outras entidades (eventualmente com a apresentação de comunicações) ? Formalizar mais ou menos a própria "comunidade" ? Etc., etc..

       Como se vê, tudo está em aberto e não tenciono ser eu a autoritariamente decidir, por mim só, o caminho a seguir. Diria até que a minha iniciativa individual se extinguiu no acto de criação da comunidade.  Daí  em diante é com todos.

       Mas para isso é necessário que existam esses "todos". É para isso que venho apelar para vós. Peço-vos que pensem se estão interresados em participar nesta aventura e,sobretudo, que a divulguem junto da vossa rede de relações através dos meios que tenham ao vosso dispor.

       Cá fico à espera das vossas opiniões. 

             

publicado por Transdisciplinar às 02:04
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Sábado, 24 de Maio de 2008

[46] CULT. COMBIN. (7)

Desta vez, embora seja de novo sobre a C.C., limito-me a citar :

 

«Trabalhar um conceito, é fazer variar a sua extensão e a sua compreensão, generalizá-lo pela incorporação de traços de excepção, exportá-lo para fora da sua região de origem, tomá-lo como modelo ou inversamente procurar um modelo para ele, em poucas palavras conferir-lhe progressivamente, por transformações regradas, a função de uma forma.»

 

Georges CANGUILHEM

 

publicado por Transdisciplinar às 20:07
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Sábado, 15 de Dezembro de 2007

FRAGMENTOS PARA UM DEBATE

 
                                                                                                 O concreto é o abstracto
                                                                                                tornado familiar
pelo uso.  

                                                                                                 PAUL LANGEVIN

                                                                                                           
                                                                                                                
                                                                                                Os sistemas não estão na natureza,
                                                                                                 eles estão no espírito dos homens.
                        

                                                                                                 CLAUDE BERNARD

 

    O texto que se segue, e que uso como pretexto para um debate, tem tido uma vida atribulada. Escrito em Maio de 2000, começou por ser uma nota de rodapé, de cinco linhas. para comentar um termo que se me deparou, ao consultar, quase por acaso, um autor pouco conhecido, Roberto Crema, num livro que me veio parar às mãos com a indicação de nele procurar certas passagens. O termo era transmodernidade  [Roberto CREMA (1995), Saúde e Plenitude; São Paulo,Summus : passim]. Coisa puxa coisa,  ideia puxa ideia, e aquela nota de rodapé ao fim de três dias (ia-lhe mexendo ao mesmo tempo que avançava no artigo principal) tinha 25 linhas. Tinha ganhado vida própria, tinha-se tornado muito complexa (podiam corresponder-lhe 28 palavras-chave) e, assim, já não servia o seu propósito inicial. (Foi substituída, no seu artigo de origem, por uma pequena nota sem qualquer relevância.)

 

    O que fazer dela? Fi-la circular por alguns amigos e deles recebi  as reacções mais díspares.Passaram anos e a nota ficou na gaveta. Até que, recentemente, a reencontrei com agrado, porque nela tinha condensado (ultra-condensado, e por isso ela é de difícil leitura) muitas das minhas preocupações epistemológicas da época. Inpublicável tal como está, aproveito agora a (para mim muito recente) liberdade da "blogosfera" para a dar a conhecer a mais pessoas e para suscitar um debate (daí o título) sobre o conteúdo deste texto.

 

 

 

                                                         O TEXTO/PRETEXTO

 
 
 
 
 
 

 
    O ponto de partida é o termo transmodernidade. Não é este o local para me situar na querela modernidade vs. pós-modernidade.Cinjo-me, aqui, a indicar que a noção de transmodernidade sustenta um nexo de circularidade acausal com a postura transdisciplinar. Na forma como a(s) concebo -- e só para dar alguns exemplos entrosam-se nela(s) modos de operar caracterizados por transgressões re-criativas (e, aliás, recreativas), por pontes e translacções conceptuais com base em deslocações topológicas   de referenciais transteóricos e por trans-posições normativas suportadas pela reflexividade para-epistemo-metodológica.
  (Tais procedimentos podem utilizar proficuamente as virtualidades heurísticas das explorações semânticas e hermenêuticas, incluindo os jogos lexicais , e constituem portas para novos discernimentos epistémicos .)
    Esta posição parece-me consentânea com a tese que postulo desde 1964 de que o real é, primordialmente ,magmático ( o que, diga-se, leva, por efeito da re-colocação das problemáticas da complexidade / caos , a situações quase-aporéticas em matérias do foro da validade externa , e a repensar temas como os da verosimilhança ou da falsificabilidade , transcendendo as concepções correntes da epistemologia mainstream ).
    E, por isso mesmo , me parece que os diferentes níveis / tipos da realidade ou as diferentes realidades , sem esquecer , como é óbvio , os planos do imaginário , do simbólico e do sagrado ( e a intelecção do uno e da totalidade ) relevam não só do enigmático como do paradoxal , e são incomensuravelmente inacessíveis , dadas as limitações antropológicas do campo da cognição ( ainda que expandida ), mesmo com o desejável recurso a ( e confronto com ) sabedorias acientíficas , características daquilo mesmo a que chamo "transdisciplinaridade alargada".

 


    Estas são questões complexas , que aqui apenas foram afloradas e que  requerem largos desenvolvimentos. É o que farei quando as circunstâncias o  proporcionarem.

 

 

 

 

 

                                                          CODA

 

    O texto / pretexto aqui está . Fico  à espera de reacções para ver se vale a pena desenvolvê-lo.

 

 

 

Saudações transdisciplinares.

publicado por Transdisciplinar às 09:05
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