Sábado, 14 de Junho de 2008

[63] Ainda o Dharma (10)

       Com o balanço que levo, aqui vai mais uma (desta vez curta) citação. Sempre de Pema Crödrön.

 

       (...) o dharma e a nossa vida são uma só e a mesma coisa.

       (...)«Sejamos abertos e aceitemos todas as situações e todos os seres.»

       (...) o dharma não vos diz nunca o que é verdadeiro e o que é falso. Encoraja-vos somente a descobri-lo por vossa conta e risco.(...)

       O dharma que é ensinado e o dharma que é vivido são descrições da maneira como se deve viver e utilizar a sua vida para se despertar em vez de se adormecer. E se escolhermos consagrar o resto da nossa vida a tentar encontrar o que despertado quer dizer e o que adormecido quer dizer, penso que poderemos atingir o despertar.

 

 

publicado por Transdisciplinar às 15:10
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Quinta-feira, 12 de Junho de 2008

[58] Ainda sobre o Dharma (8)

 

       Continuo com Pema  Chödrön. 

 

       Um poema de Trungpa Rinpoché (...) diz mais ou menos isto : « O  budismo não vos diz o que é falso e o que é verdadeiro, mas encoraja-vos a encontrá-lo por vós próprios. Aprender a não ser nem demasiado tenso nem demasiado relachado é uma viagem pessoal no decurso da qual se descobre a maneira de encontrar o nosso próprio equilíbrio.(...)».

       Adoptar pontos de vista extremos é uma experiência muito comum ; e não é frequente que se encontre o meio-termo.

        (...) A vida é uma viagem feita de encontros incessantes com os nossos limites..

 

       Esta manhã vou falar-vos do tonglen, a prática que consiste em «dar e receber». (...) Quando se faz o tonglen, convida-se o sofrimento. É o que nos abre os olhos (...) : ver o sofrimento, ver o prazer, tudo ver com doçura e precisão, sem fazer julgamentos, sem nada afastar, tornar-se mais receptivo.(...) Fazendo esta prática despertamos o nosso coração e despertamos a nossa coragem.Quando digo «despertar o nosso coração», entendo que temos a vontade de não cobrir a parte mais terna de nós próprios.

        A bodhicitta caracteriza-se pela doçura, a precisão, a abertura, a capacidade de simplesmente largar-de-mão e de se abrir. O tonglen tem por objecto específico despertar ou cultivar a bodhicitta, despertar o coração ou cultivar o coração corajoso. É como regar uma semente que pode florescer.(...) O que se passa verdadeiramente, é que o que estava lá desde sempre é descoberto. Praticar o tonglen varre para longe a poeira que recobria o tesouro que estava lá desde sempre.(...) Toda a gente tem isso, mas nem toda a gente tem a coragem de o fazer amadurecer.(...) Fazer o tonglen é um movimento para a maturação da nossa bodhicitta, para a nossa felicidade e para a dos outros.(...).

       Tudo aquilo de que necessitamos para fazer o tonglen é ter feito a experiência do sofrimento e a da felicidade.

 

(Segue-se a explicação da técnica propriamente dita das etapas da prática do tonglen. Está fora de questão expô-la aqui.)

 

O capítulo seguinte  é todo ele dedicado ao "tomar refúgio" nas chamadas três jóias. No post anterior (da série) já lhe fiz referência, a propósito do nome tibetano de Pema Chödrön.`É suficientemente importante  para lhe dedicar um post próprio. De modo que, por agora, fico-me por aqui. 

 

      

publicado por Transdisciplinar às 11:31
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Segunda-feira, 14 de Abril de 2008

Alan Watts e o pensamento oriental

" Tauismo e zen são ambos fundados sobre uma filosofia da relatividade, mas esta filosofia não é somente especulativa. Trata-se de uma disciplina do despertar que tem como resultado fazer experimentar de  maneira permanente a sensação  da inter-relação de todas as  coisas e de todos os acontecimentos entre  si. Esta sensação é subjacente e suporta a consciência habitual que nós temos do mundo como uma colecção de  coisas diferentes e separadas -- estado de consciência que, em si mesmo, é chamado avidya (ignorância) pela filosofia búdica, porque, reparando só nas diferenças, ignora as relações das coisas entre elas. Não capta, por exemplo, que pensamento e estrutura, forma e espaço, são tão inseparáveis como o verso e o reverso, nem que o indivíduo está tão estreitamente emaranhado com o universo que um  e outro formam  um  único  corpo. "


Alan W.Watts, The Joyous Cosmology




publicado por Transdisciplinar às 23:22
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