Quarta-feira, 4 de Fevereiro de 2009
Tenho apresentado quadros de Maria Helena Vieira da Silva no meu blog francês (lá faço questão de divulgar artistas portugueses) mas não o tenho feito aqui, até porque a sua obra é conhecida cá (vd. Fundação, Museu, etc.). Hoje abro uma excepção para um quadro dela de 1951, chamado Inverno. Deixo-o à apreciação dos leitores.
De Helena a 8 de Fevereiro de 2009 às 00:24
Por acaso viste no CCB o documentário sobre ela e o marido? Fiquei presa às imagens. É dignificante para a espécie humana - e comevedor, para mim, - ver um casal em efectiva comunhão/cumplicidade. E claro, são personalidades deslumbrantes, mesmo sem o pretenderem, têm sempre muito para dar. O trabalho de Vieira da Silva é único, "enorme". É sempre uma fonte de prazer encontrar outras pessoas que o apreciam.
Bem hajas!
Não, não vi o documentário e tenho pena. Eles formavam um casal espantoso. Nos 5 anos que vivi em Paris tive ocasião de os conhecer , através dos meus amigos artistas plásticos (salvo erro neste caso foi o Jorge Martins). Mas não tinha qualquer intimidade com eles, do que tenho pena...
:))
De Helena a 8 de Fevereiro de 2009 às 14:06
Será importante a "intimidade" para a descodificação/inteligibilidade da obra? Não me parece. A obra estabelece "vasos comunicantes" entre dois interlocutores - sempre profundamente solitários- e não necessariamente coincidentes na dimensão espaço-tempo. Cada um de nós é o centro desse diálogo, nem sempre pacífico, mas sempre deslumbrante. O irresistível reino das metáforas, metonímias... e por aí fora. Não concorda?
Surpreendeu-me a necessidade da cordialidade num leitor de Herberto Helder, mas respeitarei a formalidade no registo linguístico. Desejo-lhe uma boa semana!
Antes de mais : porque é que começaste a tratar-me por tu e agora estás no você ? Foi alguma coisa que eu escrevi ?
Não, não é necessária a "intimidade" para a descodificação da obra. Se lamentei não ser íntimo do casal Szènés foi por aquilo que eles eram como pessoas.
Quanto às metáforas e metonímias muito haveria a dizer. Mas não num simples comentário a um post ! Com o meu pendor para os paradoxos e os enigmas, umas e outras dão pano para mangas...
Não percebi a referência à "necessidade da cordialidade ".
Até breve, espero.
:)))
Helena,
Náo tens um blog teu ?
:)))
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