Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2008

{166} Novamente "À balda"...

Tenho estado semi-ausente. A morte da minha irmã mais velha tocou-me mais do que eu imaginara. Afinal, desde o AVC (grave), ela já não estava propriamente viva. Mas por muito que se diga "ela está melhor assim", a morte é a morte, com o que tem de definitivo.

Já vinha sentindo isto ( o mais recente dos maus amigos a morrer foi o Antóno Alçada Baptista ). Antes tinha sido o João Martins Pereira (de que já aqui falei) ou, por exemplo, o Fernando Gil (mais novo que eu -- e padrinho do meu filho).  Há uma geração que desaparece. E a pergunta óbvia é : para quando eu ?

Não que a morte me faça medo. Por qualquer razão nunca me fez (talvez por nunca ter sido católico e não ter receio de um juízo final...). Mas se os deuses me dessem um aviso prévio, lá isso gostava ...

 

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publicado por Transdisciplinar às 20:28
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15 comentários:
De w a 19 de Dezembro de 2008 às 22:48
Que deuses, amigo, que deuses ??


De Transdisciplinar a 19 de Dezembro de 2008 às 23:14
Minha querida ,
Não sei, nem quero saber ... É uma forma de expressão... No fundo estou-me nas tintas (saberás o que isto quer dizer ?)
:))))


De Transdisciplinar a 19 de Dezembro de 2008 às 23:45
Desculpa, mas escrevi-te um longo comentário que entretanto , desapareceu. E não estou com cabeça para o reconstittuir.
Desculpa !


De mdsol a 19 de Dezembro de 2008 às 23:09
Queria dizer-lhe alguma coisa que valesse a pena mas, sinceramente, não sei. Lamento! Só lhe posso mandar um grande abraço virtual.
:))


De Transdisciplinar a 19 de Dezembro de 2008 às 23:59
Muito obrigado pela sua atenção.


De Wolkengedanken a 20 de Dezembro de 2008 às 00:01
O meu dicionario dice: "estar nas tintas" = nao ter interesse ninguem em alguma coisa :) . Vejo mais o menos o que queres dizer.
Eu tambem estou triste, a minha amiga recebou hoje a primeira quimio e está muito mal. E só o facto os medicos terem tanta pressa para comecar o tratamento nao é boa senal !!
"A vida continua" naturalmente é uma frase duma enorme banalidade, mas por outro lado é muito verdadeira. Somos nos que temos que dar sentido e valor a cada momento da nossa vida. Se esperarmos momentos perfeitos sem problemas para nos sentirem felizes nao vamos ter muita felicidade !!

Pintei seis horas sem parar, o resultado é muito esquisito, mas eu estou melhor. Posso recomendar o "tratamento criativo". Depois de um tempo ficas vacio de emocoes e depois dorme-se muito bem !!

um beijo




De Transdisciplinar a 20 de Dezembro de 2008 às 01:05
Muito obrigado pelo teu longo comentário. Fico a pensar no tratamento criativo... Desculpa não escrever mais , estou em baixo "
:))


De w a 20 de Dezembro de 2008 às 00:02
Naturalmente queria dizer "interesse nenhum" :( e nestos lapsos que se nota o estado de animo ......


De Transdisciplinar a 20 de Dezembro de 2008 às 01:29
Dava para perdeber...
:))))


De Carminda Pinho a 20 de Dezembro de 2008 às 02:01
Amigo José Carlos, a morte é um tema que me incomoda, talvez porque desde cedo, sempre tive medo dela. Eu sei que não vale a pena, mas é mais forte do que eu.
Se os deuses lhe dessem um aviso prévio, o que faria?
:)
Um abraço


De Transdisciplinar a 20 de Dezembro de 2008 às 13:25
Olá Carminda,
Se a incomoda o melhor é não falarmos mais disso....
Abraço amigo


De adignidadedadiferenca a 20 de Dezembro de 2008 às 02:10
É verdade que nascemos, desenvolvemo-nos, envelhecemos e morremos. Mas se considerar que a existência de cada um de nós, seres humanos (e, na realidade, todas as criaturas vivas) é um trajecto no tempo e no espaço que consiste num conceito dinâmico do desenvolvimento, então, nesse sentido, todos os seres humanos constroem o seu futuro e, dotados de cérebro e de organização social, têm a capacidade que permite pressentir, por muito pouco que se consiga, o que poderá estar para vir. E, então, surge a liberdade de escolhermos, de agirmos e de construirmos um futuro que não é só nosso, mas de toda a humanidade. Pensando assim, a nossa vida desde o nascimento até à morte, para mim, faz todo o sentido. Não preciso de um Deus para nada. Um abraço.


De Transdisciplinar a 20 de Dezembro de 2008 às 13:32
Estamos de acordo.
Um abraço


De Sofia Loureiro dos Santos a 20 de Dezembro de 2008 às 18:49
Talvez a única prova da bondade dos deuses é deixarem-nos na ignorância da nossa própria morte.
Um abraço de solidariedade.


De Transdisciplinar a 20 de Dezembro de 2008 às 19:25
Muito obrigado pela atenção e um abraço também para si.


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