Já tive chatices por causa dos meus comentários desbocados ! Devia ter imaginado que isso iria acontecer e não ter sido tão aberto naquilo que escrevi. Foi a maldita confusão entre o que se deve guardar para o segredo de um diário pessoal e o que se publica, ficando aos olhos de todas as pessoas. Mas estava tão cheio -- e sem ninguém para desabafar -- que me abri em demasiado no blog. Agora é aguentar. As consequências ainda não sei quais serão. Mas não se afiguram muito animadoras.
Vale-me o sentir-me muito bem de volta a casa, ao meu desejado isolamento selectivo, aos meus hábitos e às minhas liberdades. Tenho os apoios práticos de que necessito e não tenho que dar contas a ninguém. Fumo o que me apetece, como se, e quando, me apetece (é fácil aturar a empregada regular, com os seus : "O Sr. Dr. devia comer melhor...", porque não lhe dou azo para grandes comentários), deito-me e levanto-me quando quero (o sono, felizmente, tem estado óptimo...), enfim, estou nas minhas sete quintas...
Mas volto a um dos meus temas das férias : estou, de facto, dependente do computador. Passo bem sem a televisão (durante as férias a empregada, com as suas preocupações de limpezas, estragou-me a complicação das emaranhadas ligações T.V.+vídeo/DVD+"box"MEO+ amplificador+ colunas+leitor de CDs+etc.etc.) e nem sequer me preocupei muito em pôr as coisas em ordem (ela é que não se safou sem um raspanete). Mas sem o computador passo de facto mal. Nesse aspecto foi providencial a intervenção, que já referi, da jovem que, nas férias, me arranjou maneira de aceder à Internet sem ligação ao telefone ou a proximidade do "router" (aqui lhe fica, mais uma vez, o meu reconhecido agradecimento ! ). Quanto a ler, cela va de soi.
E pronto ! Aqui fica mais um post. Não é transdisciplinar, não é Dharma, não é pintura, nem música, nem nem nem...Mas sou (também) eu. Para o que der e vier...
De
mdosol a 27 de Agosto de 2008 às 12:44
Este post é de uma ternura imensa! Este post é cheio de vida! Este post é demasiado humano para não ser tão importante como os posts muito bons sobre Dharma. E discordo que não seja transdisciplinar! É-o no sentido mais amplo (ou mais restrito ...nem sei) porquanto cruza vários ângulos do quotidiano, da vida... e os sintetisa sendo.
:))
Fico muito contente com o que escreveu. Como sabe, tenho em grande conta as suas opiniões...
Bem-haja, e ainda bem que está de volta.
:))
De Wolkengedanken a 27 de Agosto de 2008 às 22:01
Bom, tal vez nao foste excesivamente diplomatico :)) Nao sei como é que se faz nestes casos em Portugal . Na Austria mandaria-se um ramo de flores com algum cartao bonito agradecendo a hospitalidade e mencionando ter estado muito cansado e pouco acostumbrado a vida familiar para poder apreciar o lado social da estadia ... ou qualquer texto assim........
Com três comentários teus -- muito bem-vindos, muito bem-vindos ! -- num só dia, não sei bem por onde começar. Começo por este, que é o menos importante. Infelizmente, dado o tipo de relações que tenho com as pessoas em questão, o assunto não se resolve com um ramo de flores e um cartão...
Mas até talvez seja bom, porque estava a haver ambiguidades na relação em causa e talvez esta seja a oportunidade para uma (longa) conversa para pôr as coisas no são,
Como noutro dos teus comentários também falas deste post , aproveito para chamar a tua atenção para o facto de estares muito de acordo com o comentário de uma outra amiga minha (suponho que ao veres este post vês todos os comentários e respostas) que também gostou muito deste post . E eu que imaginava que as pessoas se chateavam com as minudências do meu dia a dia !...
Vou agora responder aos outros comentários teus.
:)))
P.S. -- Ia-me esquecendo disto : se gostas de "ver" as pessoas por trás daquilo que escrevem, agora até tens uma fotografia minha no blog francês...
Tenho andado um pouco ausente, mas aproveitei agora para dar uma vista de olhos pelo seu cantinho. E contar pequenas histórias que nos vão acontecendo e nos «mostram» às pessoas com quem já mantemos alguma cumplicidade é tão importante como ou mais importante que. E nada melhor do que umas feriazitas atribuladas... Um abraço.
Também tenho andado um tanto afastado do seu blog. Mas agora que já estou de volta ao meu ambiente e já disponho, á minha vontade, do meu tempo, vou voltar a "espreitá-lo" regularmente. Obrigado pelo seu compreensivo comentário.
Um abraço.
As férias tornaram-se demasiadas vezes obrigações de convívios e de uma felicidade fabricada a que se convencionou chamar descanso . Já senti o mesmo e para mim, cada vez mais, as férias são para me entregar aquilo que gosto de fazer: ler, escrever , dormir, passear, ir ao cinema, estar sozinha.
A confusão entre um diário íntimo e a blogosfera é perigosa mas muito fácil de fazer...
Obrigado pelo comentário e pela compreensão...
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