Sábado, 31 de Maio de 2008

[49] À balda...

       Nem sei se diga que é tarde ou que é cedo. Se me reportar ao dia 30 é tardíssimo. Se me reportar a 31 ainda é cedo. A verdade é que ainda não me deitei. Fiquei a ver televisão até à meia-noite, depois vim para o computador para a rotina do costume : ver os mails, dos profissionais anotar uns e apagar outros, ver os comentários dos "amigos" mais os respectivos posts, responder ou comentar quando era caso disso (num ou noutro caso com maior atenção se ela era necessária), enfim fiz o que suponho que toda a gente faz.    

       Um interregno, pelo sim, pelo não  : nem sei se chegarei a publicar isto. É a primeira vez que escrevo um post sem saber o que nele quero meter (por isso lhe dei como título -- provisório (?) -- "À balda"...).

       Depois (não tinha sono e não me apetecia deitar-me) fiquei por aqui, entre a biblioteca, onde está o computador, e a sala da televisão onde muitas vezes escrevo, mesmo na mesa baixa , quando não se trata de textos que requeiram particular cuidado.

       Ainda pensei escrever um novo post. Mas não me apetecia agarrar de novo a "cultura combinatória", em que acho que as coisas não me têm saído muito bem. E só de pensar no monte de notas que ainda tenho sobre o assunto e no que isso representa em termos de tamanho do "folhetim", dá logo para ficar enfastiado. De modo que essa ideia foi posta de lado in limine. Quanto a voltar ao Dharma, que só por si dá pano para mangas, achei que dois posts seguidos sobre o mesmo tema era abusar da paciência dos leitores, que não têm culpa nenhuma das minhas preocupações sobre as filosofias de vida.

       Por essa altura, e passados já vários descafeinados e uma semi-ceia improvisada, surgiram-me duas ideias muito diferentes entre si. A primeira tinha a ver com eu e a política. Acho que me foi suscitada por alguns dos posts de Sofia Loureiro dos Santos (que por vezes comento) e que, tendo variadas vezes como tags política e sociedade me colocam perante um duplo desafio : como sociólogo, por causa da "sociedade", e como animal político pelos motivos óbvios. Já volto a esse assunto.

       A segunda ideia era a de, já que não me apetecia escrever, "postar" mais uma fotografia dum quadro. Mas embiquei com a tineta de que (tal como fiz com o Jorge Martins) tinha que ser de um amigo do peito. Ora, de entre os pintores, qual mais próximo que o Ricardo Cruz-Filipe (como ele agora escreve). Conhecemo-nos aos 10 anos, no Liceu Camões, da mesma turma e amigos íntimos, entrámos ao meso tempo no Técnico, fui ao casamento dele em Paris, e ainda hoje mantemos um contacto regular e estreito. Da qualidade dele como pintor (para quem não o conheça) diz bem o facto de que, tendo ele decidido oferecer um quadro seu à Cinemateca, o nosso comum amigo João Bénard da Costa não só acolheu a ideia de braços abertos como assegurou a presença do Ministro da Cultura na cerimónia de entrega do quadro.

       Portanto, quadro do Ricardo. Aí é que foram elas. Gastei horas à procura na Internet. Até fui ver livros à procura de motores de pesquisa. Biografia dele, carreira académica e profissional, exposições, catálogos, tudo bem. Quadros, só encontrei um, dos anos 60, que já não tem nada a ver com o que ele fez nos anos recentes. Estava fora de questão publicá-lo. E assim vim parar a este texto "à balda"...

       Ficou lá mais para trás um dica sobre a política. Já estou cansado em demasia para me explicar devidamente sobre o assunto. Mas tomei algumas notas sobre isso e, um dia destes, agarro mesmo a questão. Que é, muito sucintamente : porque é que eu (que, enquanto novo, fui muito mais um activista politico-associativo do que um estudante, e mantive sempre contactos e actividades políticas e cívicas até ao 25 de Abril -- o que,de resto, paguei caro) agora não milito activamente em nada e até me dá um certo enfado olhar para o panorama político actual. Prometo voltar ao assunto em breve.

        Por hoje, fico-me por aqui. 

publicado por Transdisciplinar às 10:32
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De mdsol a 1 de Junho de 2008 às 01:06
Cá esperamos os seus textos. Diria mesmo, independentemente dos temas sobre os quais lhe der prazer escrever!
:)


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